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TEMPO

vou sozinha cavalo do tempo
cavalgo sem medo
cada marca é tudo que eu tenho
e não é nada
prossigo sem carne aberta
olho pra terra
promessa
tenho um corpo que a pertence
nada é meu 
que eu possa pegar
só vou de posse ao infinito
cavalgo
espiral
cavalgo

fecho os olhos para abri-los
filha mãe avó antepassada
transe 
percebo
só existe o que é eterno

concebo essa série referenciando os domínios do inkice tempo, cultuado no candomblé congo-angola, sendo o rei da nação aqui no brasil.

tempo ensina a percebermos a importância de cada momento y acontecimento da vida , bem como a nos presentificarmos na delicadeza do que vivemos.


na colagem «entre descalço», trago uma folha da aroeira do meu terreiro. ela está presente em todos os rituais litúrgicos, y nos ensina, com a cautela y sabedoria de tempo, a pisar no chão para nos fortalecermos em nós mesmos, junto ao nosso axé.

tempo (2018 - 2021)

instalação multimídia

tempo

giz, nanquim e acrílica s/ papel

17 x 25 cm

entre descalço 

letra sete e colagem de aroeira s/ papel envelhecido

8,5 x 15 cm

tempo

poema digital

plotter

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